Circuito eletrônico
Em circuitos eletrônicos digitais, os sinais elétricos assumem valores discretos, para representar valores lógicos e numéricos. Estes valores representam a informação que está sendo processada. Na grande maioria dos casos, a codificação binária é usada: uma tensão (normalmente o valor mais positivo) representa um ‘1’ binário e outra tensão (normalmente um valor próximo do potencial de terra, 0 V) representa um ‘0’ binário. Os circuitos digitais fazem amplo uso de transistores, interligados para criar portas lógicas que fornecem as funções da lógica booleana: E, NAND, OR, NOR, XOR e suas combinações. Transístores interligados de forma a fornecer feedback positivo são usados como trincos e flip flops, circuitos que têm dois ou mais estados mensuráveis, e permanecem em um desses estados até serem alterados por uma entrada externa. Os circuitos digitais, portanto, podem fornecer lógica e memória, permitindo-lhes realizar funções computacionais arbitrárias. (A memória baseada em flip-flops é conhecida como memória estática de acesso aleatório (SRAM). A memória baseada no armazenamento de carga em um condensador, memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM) também é amplamente utilizada.)
O processo de design para circuitos digitais é fundamentalmente diferente do processo para circuitos analógicos. Cada porta lógica regenera o sinal binário, portanto o projetista não precisa levar em conta a distorção, o controle de ganho, as tensões de desvio e outras preocupações enfrentadas em um projeto analógico. Como conseqüência, circuitos digitais extremamente complexos, com bilhões de elementos lógicos integrados em um único chip de silício, podem ser fabricados a baixo custo. Tais circuitos integrados digitais são onipresentes em dispositivos eletrônicos modernos, como calculadoras, aparelhos de telefone celular e computadores. À medida que os circuitos digitais se tornam mais complexos, questões de atraso temporal, corridas lógicas, dissipação de energia, comutação não-ideal, carregamento on-chip e inter-chip e correntes de fuga, tornam-se limitações à densidade, velocidade e desempenho do circuito.
circuitos digitais são usados para criar chips de computação de uso geral, tais como microprocessadores, e circuitos lógicos projetados sob medida, conhecidos como circuitos integrados específicos da aplicação (ASICs). Matrizes de portas de campo programáveis (FPGAs), chips com circuitos lógicos cuja configuração pode ser modificada após a fabricação, também são amplamente utilizados na prototipagem e desenvolvimento.