Massa
Massa, em física, medida quantitativa da inércia, uma propriedade fundamental de toda a matéria. É, com efeito, a resistência que um corpo de matéria oferece a uma mudança na sua velocidade ou posição após a aplicação de uma força. Quanto maior a massa de um corpo, menor é a mudança produzida por uma força aplicada. A unidade de massa no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o quilograma, que é definido em termos da constante de Planck, que é definida como igual a 6,62607015 × 10-34 joule segundo. Um joule é igual a um quilograma vezes metro quadrado por segundo quadrado. Com o segundo e o metro já definidos em termos de outras constantes físicas, o quilograma é determinado por medições precisas da constante de Planck. (Até 2019, o quilograma era definido por um cilindro de platina e íridio chamado Kilograma do Protótipo Internacional mantido no Escritório Internacional de Pesos e Medidas em Sèvres, França). No sistema inglês de medida, a unidade de massa é a lesma, uma massa cujo peso ao nível do mar é de 32,17 libras.
Peso, embora relacionado com a massa, no entanto, difere deste último. O peso constitui essencialmente a força exercida sobre a matéria pela atração gravitacional da Terra e, portanto, varia ligeiramente de um lugar para outro. Em contraste, a massa permanece constante independentemente da sua localização em circunstâncias normais. Um satélite lançado ao espaço, por exemplo, pesa cada vez menos quanto mais se afasta da Terra. Sua massa, no entanto, permanece a mesma.
Segundo o princípio de conservação da massa, a massa de um objeto ou coleção de objetos nunca muda, não importa como as partes constituintes se rearranjam. Se um corpo se divide em peças, a massa se divide com as peças, de modo que a soma das massas das peças individuais seja igual à massa original. Ou, se as partículas forem unidas, a massa do composto é igual à soma das massas das partículas constituintes. Entretanto, este princípio nem sempre é correto.
Com o advento da teoria especial da relatividade por Einstein em 1905, a noção de massa passou por uma revisão radical. A massa perdeu a sua absolutividade. A massa de um objeto foi vista como sendo equivalente à energia, como sendo interconversível com a energia e como aumentando significativamente a velocidades excessivamente altas, próximas à da luz (cerca de 3 × 108 metros por segundo, ou 186.000 milhas por segundo). A energia total de um objeto foi entendida como compreendendo sua massa de repouso, bem como seu aumento de massa causado pela alta velocidade. Descobriu-se que a massa restante de um núcleo atómico era mensuravelmente menor do que a soma das massas restantes dos seus neutrões e prótons constituintes. A massa não era mais considerada constante, ou imutável. Tanto nas reacções químicas como nucleares, ocorre alguma conversão entre massa e energia, de modo que os produtos têm geralmente uma massa menor ou maior do que os reagentes. A diferença de massa é tão pequena para as reacções químicas comuns que a conservação da massa pode ser invocada como um princípio prático para prever a massa dos produtos. A conservação de massa é inválida, contudo, para o comportamento das massas activamente envolvidas em reactores nucleares, em aceleradores de partículas e nas reacções termonucleares no Sol e nas estrelas. O novo princípio de conservação é a conservação da massa-energia. Veja também energia, conservação de; energia; relação massa-energia de Einstein.