Potosí
Potosí, cidade, sul da Bolívia, 56 milhas (90 km) a sudoeste de Sucre. Uma das cidades mais altas do mundo (altitude 13.290 pés), fica em uma planície fria e árida à sombra da lendária montanha de Potosí (também chamada Cerro Rico), que é cercada por milhares de minas. A lenda atribui seu nome a potojchi ou potocsi, palavra quechua que significa “barulho ensurdecedor” ou “crash”.”
A cidade surgiu após a descoberta da prata lá em 1545 e rapidamente se tornou famosa por sua riqueza. Em três décadas, sua população ultrapassou 150.000 habitantes, tornando-a a maior cidade do Novo Mundo. A população diminuiu de um pico de 160.000 por volta de 1650 à medida que a produção de prata diminuiu, e uma epidemia de tifo em 1719 ceifou as vidas de cerca de 22.000 habitantes. No início do século XIX, Potosí tinha menos de 20.000 habitantes, mas o subseqüente aumento da mineração de estanho novamente estimulou o crescimento.
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Embora inundações e um ocasional terremoto tenham causado estragos, Potosí mantém o seu encanto colonial. Ruas estreitas e por vezes sinuosas têm origem na praça central, em torno da qual estão agrupados os principais edifícios governamentais e a catedral. Outras estruturas notáveis incluem a Igreja de San Lorenzo (principalmente do século XVI), com sua fachada barroca ornamentada, e o Convento de Santa Teresa (1691). A Casa de la Moneda (“Casa do Dinheiro”) foi construída na década de 1570 e reconstruída no século XVIII; hoje abriga um museu de história local (incluindo as primeiras máquinas de mineração), etnografia e arte. A cidade é a sede da Universidade Autónoma Tomás Frías (1892). A UNESCO designou a cidade histórica como Património Mundial em 1987. A maioria das igrejas coloniais de Potosí foi restaurada, e o turismo aumentou na cidade.
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Potosí continua a ser um centro de serviços para a mineração de estanho, prata e pequenas quantidades de chumbo, antimónio e cobre. As rodovias ligam Potosí a Sucre, Oruro, La Paz, e Tarija. Pop. (2001) 132.966; (2010 prelim.) 154.700,